sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

SHELICHIM - APÓSTOLOS



SHELICHIM - APÓSTOLOS 

Marcos 3: 13 a 21 /  Lucas 6: 12 a 16 / Mateus 9: 35 a 10: 4
Isaías 6: 8 / Ageu 2: 2 a 9 / Zacarias 4: 6 a 14 / 
Gênesis 2: 10 / Gênesis 41: 15 a 56 e Gênesis 45: 3 a 5

Marcos 3: 13 e 14 - "Depois, subiu ao monte e chamou os que Ele mesmo quis, e vieram para junto Dele. Então, designou doze para estarem com ele e para os ENVIAR a pregar."

A nossa perspectiva quando observamos uma paisagem, rural ou urbana geralmente se prende em algo estático. Temos a tendência de desprezar o movimento, ou ruído dos carros, ônibus numa cidade, de pássaros olhando para um canto de mata, ou de "estrelas cadentes" que riscam o céu, já que as estrelas, embora apareçam por poucas horas a cada noite, nos parecem imóveis, naqueles minutos em que as observamos.

Temos a sensação de eternidade, quando moramos na casa de nossos pais, ou temos os nossos filhos dormindo no quarto ao lado, ou a respeito de nosso casamento depois de anos de convívio. Parece que em algumas áreas de nossas vidas, aquilo que temos e que vivemos é eterno. A casa onde moramos por alguns anos, o grupo de amigos no colégio. Um dia de férias... Parece mais longo que o normal, parece que não vai acabar.

Ao nos depararmos hoje como os ciclos migratórios de sírios e outros povos do médio oriente para a Europa; haitianos, bolivianos e sírios para o Brasil; brasileiros para Israel e para os USA, nos surpreendemos, ou não damos conta que o que vai marcar a história destes países em alguns anos é justamente a acomodação ou não que se der em decorrência destas mudanças. Achamos que com  os  grandes ciclos migratórios do século XX que o Mundo estava pronto e seria aquilo ali que se configurou no pós Segunda Guerra Mundial e nada mais mudaria.

Parecido com o que desenhistas fazem pintando inúmeras figuras, com pequenas diferenças entre elas, e de repente movendo-as rapidamente com um dos dedos, dando-lhe movimento e gerando aos nossos olhos um pequeno filme animado, quando olhamos para a história e mentalmente brincamos com as informações, histórias, cenas, migrações, vemos a mesma série de mudanças que estão acontecendo agora, diante dos nossos olhos, embora na nossa perspectiva a Terra esteja parada. Temos a impressão, que o Sol, a Lua e as estrelas estão se movendo só nós, os prédios e o mundo que podemos enxergar estão parados, mas, tudo está em movimento, e tudo está tomando configurações que foram designadas por Deus, antes da Fundação do Mundo.

Esta ebulição tem ocorrido também na Igreja de Cristo, neste dois mil anos. 

"para Deus, um dia é como mil anos e mil anos como um dia" - Apóstolo Pedro.

Desde o final do século XX, em vários lugares do mundo, alguns líderes cristãos renomados, passaram a falar sobre o ressurgimento de apóstolos, e passaram a usar o título de apóstolo, coisa até então invocada apenas pelos católicos, reconhecendo o seu Papa, como o único legítimo representante dos apóstolos de Cristo, através de seu Pontificado.

É certo que as funções deste ministério, nunca deixaram de existir  e ao ler a história da Igreja, não observamos apenas a existência de inúmeras figuras apostólicas, bem como de profetas, mestres, evangelistas e pastores, embora não usassem os títulos destas funções, exerciam eles o trabalho destes ministérios e fluíram em dons e características destes Ofícios ministeriais.

Já no início do século XXI, este processo acelerou-se de uma forma inusitada, e muitíssimos ministros do Evangelho de várias partes do mundo, passaram a se auto-intitular Apóstolos, bem como uns já reconhecidos nestes ofícios, passaram a ungir outros. Igrejas passaram a chamar seus líderes com este título, e a popularização deste termo em nossos dias, tem permitido tanto a vulgarização deste Dom Ministerial de Cristo, quanto o surgimento do falso, do engano, da cópia barata, e tudo isso tem sido muito prejudicial para a Igreja de Cristo. Porém, por existir o falso, quer dizer que não há o verdadeiro? Sim, existe e sempre existirá o Verdadeiro.

Por estarmos vivenciando este ressurgimento do Ofício Apostólico, depois de quase XIX séculos, estamos ainda experimentando, cometendo alguns equívocos, buscando acertar, aprendendo sobre este ministério que parecia estar encerrado no primeiro século da Igreja. Recentemente um reconhecido teólogo presbiteriano, escreveu um livro defendendo a inexistência deste ministério depois do primeiro século, e infelizmente o fez de modo tendencioso, desprezando tudo o que Deus está realizando hoje, no legítimo desejo de preservar a Igreja de Cristo do falso e dos erros, não se apercebeu do verdadeiro e legítimo que está ocorrendo diante de nós. A perspectiva é a mesma de uma criança que pergunta para os pais, porque a lua os está seguindo quando passeiam de carro... Este tipo de coisa sempre ocorreu. E O Reino de Deus permanece para sempre!

Yeshua, que iniciou o seu ministério, indo sozinho até Yohanam (João Batista), para ser batizado, quando a Plenitude do Espírito de Deus veio sobre Ele, depois de ter sido conduzido para o deserto, voltou no Poder do Espírito Santo e passou a realizar sinais miraculosos, a libertar pessoas do poder do Diabo e também passou a chamar especificamente alguns para seguirem-no. 

A estes a quem O Mestre escolheu pessoalmente começaram a segui-lo mais de perto e a estarem com Ele por onde fosse, quer pregando, quer viajando, foram chamados inicialmente de seus Discípulos (Talmidim - palavra para alguém que é ensinado, recebe disciplina, instrução). A estes Yeshua designou-os como Apóstolos.

Na descrição do Primeiro Evangelho, João Marcos, narra que Yeshua sobe a Um Monte e chama: "os que Ele mesmo quis". Há pessoas que Yeshua chama, e tais pessoas deram desculpas e não o seguiram. Outros disseram querer segui-lo, mas, Ele não lhes permitiu. Mas, estes doze, Ele quis chamá-los, os chamou e eles vieram.

Nas palavras de Marcos: chamados para serem seus Discípulos (TALMIDIM), para estarem perto Dele, receberem instrução, disciplina, conhecimento e experiências e para serem ENVIADOS (Appostoleo Autos Kerussoe - em grego / VELIKRO ET BESSORATO VEKOL ASHER YSHLACHEM - em Hebraico).

Tanto em hebraico quanto em grego, palavras conhecidas e elucidativas sobre o propósito do Chamado de Yeshua:

APOSTOLOS (grego) - SHALIACH (hebraico) - Alguém que é enviado com autoridade em si mesmo, autoridade do próprio chamado e envio. 

KERUSSO (grego) - LIKRO (hebraico) - vejam as descrições abaixo: 

Kerusso - ser um arauto, sempre com sugestão de formalismo, gravidade, e uma autoridade que deve ser escutada e obedecida; publicar, fazer conhecido, anunciar, proclamar abertamente: algo que foi feito.

Likro - Chamar, clamar, gritar, proclamar, fazer conhecido, anunciar.

Como já abordamos nas porções anteriores dos Evangelhos, Yeshua, no dia em que esteve na Sinagoga de Nazaré, onde cresceu,  depois de ser Cheio do Espírito Santo, tomou o livro do Profeta Isaías e leu onde estava escrito: "O Espírito do Eterno Deus está sobre mim..." Neste texto, uma das razões desta profecia cumprida em Yeshua era LIKRO (Proclamar, anunciar, bradar, fazer conhecido), aquela verdade, aquele tempo, aquelas funções, anunciadas nos profetas.

Isaías, o profeta que teve a maior quantidade de profecias relacionadas com a vida e o ministério de Yeshua, descreve em seu capítulo 6, algo que ocorreu na Eternidade:

"Quem enviarei por nós? Eis-me aqui envia-me a mim." - Isaías, dá voz ali, ouve e reproduz o que Yeshua, antes da fundação do Mundo disse ao Pai, a respeito da restauração que se faria necessária ante a queda do homem, por conta dos ardis de Satanás.

O Envio, o Apostolado de Yeshua, o fez ser O SHALIACH do PAI. O ÚNICO APÓSTOLO DO PAI. Nenhum outro jamais!

A figura do Rio que saía do Éden, sai da dimensão sobrenatural para correr neste mundo de uma forma natural. Um Rio que se divide em 4 é uma figura do Ministério Apostólico.

Yeshua, nos dias de seu ministério jamais foi chamado de Apóstolo, Shaliach, mas, curiosamente Ele é chamado de PROFETA pela mulher samaritana; Ele é O Bom Pastor, que dá a vida por suas ovelhas; O Mestre para todos e não poderíamos chamá-lo de Evangelista, mas, Ele é o próprio Evangelho encarnado, as Boas Novas de SALVAÇÃO do nosso Deus estão compreendidas Nele.

Sendo assim, porque Yeshua na Eternidade disse: "Eis-me aqui, Envia-me a mim", O Pai o enviou com autoridade nele, para cumprir todo o propósito de Deus de salvar e resgatar o que se havia perdido.

O Ministério apostólico como a figura do Rio, e como vemos no Ministério de Yeshua, se divide em 4 braços, e percebemos o mesmo se repetir quando Yeshua voltou aos Céus. Ele não deixou pastores, profetas, mestres ou evangelistas. Yeshua deixou os seus Apóstolos, OS APÓSTOLOS DO CORDEIRO.

Assim como o Pai, só teve UM APÓSTOLO, Yeshua só teve 12 Apóstolos, e como eles nenhum. Daqueles onze homens que andaram intimamente com Jesus, e  Matias, um dos que esteve próximo (nem tanto como Judas, que traiu O Senhor), houve a prerrogativa de darem início depois de Pentecostes da conquista e expansão do Reino de Deus sobre todo o mundo. Homens simples e humildes como André, não tiveram sua vida por preciosa e cumpriram o papel de serem testemunhas da Ressurreição de YESHUA.

O Maior marco do Apostolado de cada um dos doze, era terem sido testemunhas oculares da Ressurreição de Yeshua, depois de sua morte na Cruz do Calvário. Estes homens que comeram com ele, dormiam e acordavam ao seu lado, durante aqueles 3 anos, eram as provas vivas que Ele ressuscitara dentre os mortos.

Alguns deles como Pedro, Mateus e João, foram responsáveis por deixar escritos sobre a Vida e o Ministério de Yeshua, como os Evangelhos, e também de escrever às Igrejas orientando, ou trazendo palavras e visões proféticas. Como outros de fora do grupo dos Doze Apóstolos do Cordeiro, também foram chamados para esta obra de escreverem textos que foram reunidos como A Palavra de Deus, A Bíblia Sagrada. Pessoas como: João Marcos (discípulo de Pedro); Lucas (discípulo de Paulo), e ainda Tiago e Judas, irmãos do Senhor, e naturalmente Paulo, chamado para ser Apóstolo para os não judeus.

Vemos então que a prerrogativa de ter sido chamado para Escrever o que foi legado a todas as gerações como A Palavra de Deus, não se resumiu apenas aos Apóstolos do Cordeiro. 

Embora muitas pessoas absurdamente declarem que a direção para que Matias ocupasse o lugar de Judas tenha sido um erro, pois o lugar deveria ter sido guardado para Paulo. Este absurdo, meramente humano, deve ser desconsiderado, já que O SENHOR DA IGREJA, chamou Paulo para uma obra que estava oculta aos homens, guardada no Coração de Deus, que consistia de que a Salvação anunciada pelos Apóstolos do Cordeiro, também fosse conhecida e chegasse até os confins da Terra entre os gentios, e não apenas para os judeus da dispersão.

Vemos então Paulo, encontrar-se com YESHUA, e em vários momentos de sua vida, como quando estava na cadeia em Jerusalém e o próprio Mestre lhe apareceu dizendo que importava que ele permanecesse preso e fosse até Roma. 

Uma das características comuns a pessoas que a exemplo de Paulo também foram chamadas por Deus para o ministério Apostólico, é um encontro pessoal com O MASHIACH, O Cristo. 

São inúmeros testemunhos, de pessoas chamados a este ministério que afirmam terem tido experiências sobrenaturais, e de que Yeshua lhes apareceu e lhes disse coisas, ou lhes mostrou coisas.

Como auferir o testemunho de uma experiência pessoal? Talvez não haja como, a não ser pelos frutos. É real que temos muitíssimos hoje em dia que se chamam apóstolos e que jamais tiveram qualquer experiência com Yeshua, que adquiriam este título de forma humana, e que não possuem autoridade em si mesmos dada por Deus, por conta disso. Esta infeliz realidade não pode ofuscar a obra que O Espírito Santo tem feito com a Igreja, com mais intensidade nos últimos tempos.

Com relação a este Ressurgimento Apostólico que temos visto em nossos dias, tomamos uma figura bíblica pouco conhecida pela maioria, que viveu no tempo que os judeus voltaram do Cativeiro Babilônico, 70 anos depois de sua dispersão. Esta figura é ZOROBABEL (Semeado na Babilônia), descendente de David, antepassado de Yeshua, este homem é uma figura Apostólica na TANACH (O Antigo Testamento). Responsável por dar início na obra de restauração do Templo destruído por Nabucodonozor, Zorobabel, restaura o Altar do Sacrifício e lança os fundamentos do Templo que seria concluído em seus dias, depois de muito tempo de lutas, de resistências, de proibições e de reavivamentos... 

Zacarias 4: 7 a 10 - "Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel serás uma campina; porque ele colocará a Pedra de remate, em meio a aclamações; Haja graça e graça para ela!... As mãos de Zorobabel lançaram os fundamentos desta casa, elas mesmas a acabarão, para que saibais que O Eterno, dos Exércitos, é quem me enviou a vós outros. Pois quem despreza o dia dos humildes começos, esse se alegrará vendo o prumo na mão de Zorobabel..."

Zorobabel: "tinha o prumo na mão",  "lançou o fundamento", e ele colocará a "Pedra de remate". Estas palavras são um símbolo para o Ministério Apostólico, dado pelo MASHIACH à Igreja.  

Este Ministério que se inicia com os Apóstolos do Cordeiro, figura de Zorobabel que "Tinha o Prumo na mão", mesmo depois de tantas lutas nestes dois mil anos do Evangelho, tem nestes últimos anos sido restaurado. Esta expressão refere-se a ser responsável pela qualidade da edificação baseada no Projeto que foi estabelecido.

"Lançar o fundamento" e também colocar a "Pedra de remate", nos conduz à percepção que a restauração depois de tantos séculos do Ministério Apostólico, aponta para a proximidade da conclusão da obra da Casa Espiritual, da qual O próprio Yeshua é O Fundamento lançado pelos Apóstolos, e que estariam presentes também, quando as últimas "Pedras vivas" fossem juntadas nesta Gloriosa Edificação!

Assim como nos dias de Zorobabel ele não foi o único que Deus usou, pelo contrário, em momentos em que talvez ele mesmo tenha pensado em desistir, Deus levantou outras pessoas, figuras de outros ministérios, por exemplo: O Ministério Profético, através da vida de Hagai e Zachariah (Ageu e Zacarias); O Ministério Pastoral através de Yeshua (Josua), sacerdote; O Ministério de Ensino através de Ezra (Esdras), e O Ministério Evangelístico na figura do  Avivalista, através de Neemias.

Da mesma maneira, logo depois de Pentecostes, outros ministérios começaram a surgir. Profetas como Ágabo e Sias; Pastores como Tiago, irmão do Senhor; Evangelistas como Felipe; Mestres como Estevam. Estes ministérios definidos por Paulo na epístola aos Efésios, podem ser vistos em sombras e figuras na TANACH, bem como no exercício de seus dons e funções nos escritos de Atos dos Apóstolos e na História da Igreja.

Em épocas sombrias da Igreja, que coincidiram com a troca dos  nomes das funções dadas pelo Mashiach à Igreja por outros como Bispos, Papas, Cardeais, Reverendos, Padres, etc, a obra de Reconstrução do Templo do Senhor, pareceu ter sido interrompido para sempre.  O Deus, porém, dos espíritos dos profetas, começou como no exemplo Biblico, a usar homens e mulheres para animar novamente a Zorobabel (figura do Ministério Apostólico), e também para demonstrar que Aquele que iniciou a obra é fiel para completá-la.

O ministério Pastoral, que ganhou muita força em toda a Igreja que avivou-se logo depois da Reforma Protestante, foi fortalecido ainda mais com o Evangelístico que impulsionou a pregação do Evangelho em muitos lugares do Mundo. Também o Ensino da Palavra de Deus, foi muito fortalecido, como as descobertas arqueológicas do século XIX, que trouxe a tona a comprovação da Palavra de Deus com evidências histórias e documentais.
No século XX, O Espírito se derramou poderosamente em todo o mundo e este despertar em todos os continentes, facilitou o ressurgimento dos ministérios proféticos e do discernimento espiritual até então desconhecido da maioria dos cristãos.

O ressurgimento do Ministério Apostólico nesta virada dos séculos XX para XXI, não é como muitos pensaram um fim em si mesmo, mas, um novo começo, para que a Obra estabelecida por Deus possa ser completada na KEHILAT HAMASHIACH (Igreja de Cristo).

É muito curioso um fenômeno que sempre se repete quando Deus demonstra seu favor a seu povo. Muitos querem converter-se ao povo de Deus, percebendo esta distinção, e achando que terão alguns benefícios.

Quando o povo saiu do Egito, muitos egípcios foram com eles. Quando Deus deu tamanha vitória ao povo judeu, nos dias de Acashverosh (Assuero), muitos quiseram tornar-se judeus.
Hoje é bem comum pregadores usarem nomes judeus, e se declararem Ben Avraham, Ben alguma coisa, enquanto outros passam a usar kipás, talits, a comer Kasher (pelo menos quando estão sendo observados), etc., querendo tornar-se judeus. Mas, na época da 2a. Guerra Mundial, ninguém queria ser judeu...

Uma história engraçada de Einstein era a seguinte: "Se eu provar que a teoria da Relatividade está certa, os franceses vão dizer que eu sou francês e os alemãs vão dizer que eu sou alemão. Se eu não conseguir provar, os franceses dirão que eu sou alemão e os alemães que eu sou judeu."

Hoje parece que ser Pastor, ninguém mais quer, porque parece que ser Apóstolo é "mais" do que ser Pastor. O que alguns não sabem é que todos os primeiros Apóstolos foram brutalmente assassinados, por serem... APÓSTOLOS.

Nos parece que o Martírio é parte da honra destinada àqueles que foram chamados para em Nome de Jesus, Beshem Yeshua, fazerem parte da colocação da "Pedra de Remate."

O que eles tinham de especial? O que temos nós hoje? Que recursos possuiam? Quais as credenciais que tinham? Com quem aprenderam? 

Ele chamou quem Ele quis! Quem dá Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres à Igreja é O Dono da Igreja, YESHUA!

Os homens, os líderes, as instituições, as denominações dão aos cristãos: Presbíteros, Bispos, Reverendos, Diáconos, Aspirantes, Líderes de Ministério, mas, O MASHIACH dá à Sua Noiva, homens e mulheres que tendo recebido Dele, vão operar no CORPO DO MASHIACH (DE CRISTO), a obra para a Edificação da Igreja, para o Aperfeiçoamento dos Santos, para que a Igreja deixe as coisas de criança, os rudimentos, para apresentar-se a Ele, Yeshua, como Noiva, à estatura do Varão Perfeito, num nível de maturidade em que haverá Unidade de Fé, coisa que muitos deixaram de crer que ainda poderá haver. Nós somos os homens e mulheres de fé, que não vão morrer, mas, vão viver para ver cumprido os planos do Nosso Deus na terra dos viventes.

Os Apóstolos do Cordeiro, subiram O Monte, tomaram uma atitude de sairem do natural até a dimensão em que Yeshua vive, opera, governa como Senhor nosso. É necessário um comprometimento total neste chamado. Ele te quis, largue tudo e o siga...

Yeshua só falava a verdade e por isso disse a alguém que queria segui-lo, que Ele não tinha lugar para repousar a cabeça, e isso é tão verdade quanto a recompensa nesta vida de quem deixa tudo por Amor Dele e para segui-lo, e por isso abandona casas, propriedades, filhos, família tudo por causa de Yeshua e por isso receberá 100 vezes mais, e depois a Vida Eterna. 

As empresas e os empreendimentos humanos se regem por leis naturais e por convenções sociais, o Chamado de Yeshua se dá por Vocação, Inspiração, Unção e Fé... Assim os recursos chegam não quando gostaríamos, mas, quando é necessário... PROSPERIDADE! 

Muitos nos abandonam e simplesmente se vão e outros vêm e você se pergunta: Como ? A obra é Dele! O Ministério é Dele...

Você em fraqueza, medo, necessidade, lutas internas e externas muitas vezes ora e uma pessoa é curada, outra entrega sua vida para Yeshua, e outro ainda é livre de um mal terrível, e você sabe que não veio de você, que na sua situação natural jamais algo assim poderia ser imaginado quanto mais realizado...

Você percebe resistência espiritual, e ora e vê a resistência caindo, sumindo, sendo vencida... 

Muitos vem e te elogiam, te exaltam, te dão recursos, te tratam bem e depois te traem... somem, falam mal de você. Alguns dos teus parentes vão dizer claramente que você está louco...

Se os parentes de Yeshua, foram para prendê-lo, pois achavam que estava louco, imagine se é com você que vai ser diferente?

A mãe de Tiago e João pediu para que seus filhos se assentassem à Direita e à Esquerda de Yeshua na Glória, e O Mestre lhes perguntou: "Podereis beber do Cálice que eu vou beber?", e eles responderam: "Podemos!"

Então Yeshua lhes disse: "Bebereis do meu cálice."

Tiago, um dos companheiros mais próximos de Yeshua, que esteve com ele desde o início, e viu coisas extraordinárias, foi o primeiro a ser morto. Lucas em Atos apenas cita que "fizeram passar a fio de espada a Tiago, irmão de João", a tradição cristã conta que um dos guardas que o prendeu e o conduziu, declarou-se também um seguidor de Yeshua, pedindo perdão a Tiago, sendo morto juntamente com o Apóstolo decapitado. 

Um dia reuniram-se no Egito, todos os filhos de Iacov. Ruben, Shimeon, Levi, Iehuda, Issacar, Zevulon, Naftali, Gad, Asher, Dan e Benyamim, com o Governador do Egito: Tzefanat Paniach. Este governador, aos prantos revelou ser Yossef, o irmão que fora vendido por eles aos mercadores islamitas, que vinham para O Egito. Quanto eles acharam que seriam mortos, Yossef (José do Egito), lhes disse: "agora, pois, não vos entristeçais, nem vos amedronteis por me haverem vendido para aqui; para a conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós." - O SHALIACH (O Apóstolo José), entendeu que foi para O Egito para preparar O Caminho, para servir a seus irmãos. Yossef, quando viu seus irmãos, prostrados diante dele no Egito, entendeu a lição que Yeshua quis ensinar aos seus discípulos na noite em que foi traído.

Yeshua já havia dito: "Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será isso que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas, para servir e dar a sua vida em resgate de muitos." (Mateus 20: 25 a 28) 

Yeshua aparece com um bacia de água e uma toalha enrolada em seu corpo e passa a lavar os pés de seus discípulos. Assim, servindo, os Apóstolos adquirem autoridade. O Apóstolo do Pai; Os Apóstolos do Cordeiro; O Apóstolo dos gentios; os demais apóstolos... Yossef (José do Egito), aprendeu que seu sonho de ver seus irmãos dobrados diante de sua autoridade só se cumpriu quando ele percebeu, que Deus tinha um plano muito maior que o dele, e que submeter-se a este plano, servindo ao Eterno, servindo as pessoas é o que pode dar autoridade a alguém ENVIADO por Deus.

Por fim, quero contar uma experiência muito marcante para mim. No ano de 2006, recebemos no Brasil, o então presidente do Congresso das Ilhas Fiji, país que tinha vivido um avivamento extraordinário que tornou-se conhecido em todo o mundo. Era um senhor negro, alto muito forte, vestido de paletó e gravata e com seu sarongue (espécie de saia), característica. Havia um clima de grande expectativa por um grande romper de Deus em sua Palavra, já que em seu país uma série de milagres incríveis passaram a ocorrer. 

Quando aquele político cristão de nome impronunciável algo do tipo (Wakavacatonga), iniciou sua fala, pediu que doze cadeiras fossem colocadas sobre a Plataforma, numa igreja da Brasília que nos recebia. Alguns representantes brasileiros da bancada evangélica de então, senadores, e muitos deputados estavam presentes... Quando aquele preletor pediu a ajuda de 12 pessoas presentes, quase houve um princípio de tumulto, porque disputaram ombro a ombro a chance de se assentarem naqueles que pareciam doze tronos ali... Quando alguns proeminentes nomes da Igreja brasileira estavam ali sentados, juntos com alguns oportunistas que foram rápidos, o preletor lhes agradeceu pedindo que retornassem a seus lugares, sob a seguinte declaração: "o que faço agora vocês, não entendem. Entenderão depois..."

Uau! Começamos bem! Parecia uma daquelas reuniões, em que ia chover pó de ouro sobre todos, e que muitos seria colados nas paredes, sem falar na unção do riso que não tardaria por se iniciar...

O que ocorreu de fato é que nas próximas 4 horas (acredite se quiser), aquele político cristão passou a ler um relatório de como era o seu país (índices governamentais de educação, segurança, moradia, saúde) e como se tornara depois dos sinais que Deus manifestou com Sua Poderosa Presença naquele arquipélago. O mais sucinto de todo aquele relatório, foi justamente as manifestações sobrenaturais de Deus, deixando a maior parte do tempo para falar sobre provas documentais de uma transformação que se dera pelo Poder de Deus derramado sobre o seu povo e nação.

Um a um os grandes nomes foram deixando o auditório daquela igreja, que sofria a cada virar de páginas, naquela leitura monótona, que lida em inglês era traduzida para o português deixando ainda mais longo e tediosa aquela noite...

Eu fui um dos poucos que fiquei até o fim, porque algo me intrigava: "porque ele disse que entenderíamos depois?" Eu estava lá naqueles dias hospedado em casa de minha irmã, e não estava preso a horários e nem a coisa alguma e fui ficando. Não pude deixar de me envergonhar vendo que de milhares de pessoas terminaram algumas dezenas, quando aquele enfadonho relatório foi concluído, porém, é como se ele (aquele Presidente do Congresso de seu país) dissesse: "Eu tenho, vocês não têm!"

Quando enfim ele acabou, eu notei que ainda na plataforma havia uma bacia e uma toalha ao lado daquelas doze cadeiras que ele pediu para colocar na plataforma, e eu me senti motivado para procurá-lo e querendo agradecer pela gentileza de ter vindo até o nosso país para compartilhar suas experiências, pedi para lavar-lhe os pés...

Aquele homem foi tão humilde, que não entendendo bem o meu inglês tupiniquim, se dispôs a lavar os meus pés, e eu quase gritando lhe disse: "Não! Eu é que quero lavar os seus pés."

Aquele irmão sentou-se, seus enormes pés negros quase não couberam naquela bacia, eu tirei suas sandálias, e chorando passei a lavar-lhe os pés, enquanto ele com uma mão enorme sobre minhas costas passou a orar em inglês por mim. 

Houve certa hora que ele me disse: "Can I pray for you in my tongue?" (Posso orar por você na minha língua?) e eu disse: "Sure!" (Claro). Aquele amado, começou a orar com uma voz grossa, e com tanta unção com suas duas mãos agora sobre minhas costas e ombros, e então ele passou a dizer: "Teach your people to serve!" (Ensine o seu povo a servir). 

"TEACH YOUR PEOPLE TO SERVE!"
(Ensine o seu povo a servir)

Estamos num processo. Estamos aprendendo que Deus é quem nos enviou. Ele tem feito coisas, movido pessoas que Ele constituiu, equipou, chamou, treinou e enviou, para que Sua Vontade seja feita e para que O Seu Reino de Amor seja estabelecido. Não é complicado de entender... É simples!

Os doze Apóstolos do Cordeiro receberam a honra de beberem do Cálice do Senhor, de padecerem por fazer seu Nome conhecido em todos os lugares para onde O Espírito Santo os guiou. Na Nova Jerusalém, os fundamentos da Cidade terão os seus nomes. Honra devida a quem simplesmente o seguiu, para ser mesmo em face da morte testemunhas de que ELE RESSUSCITOU! VERDADEIRAMENTE YESHUA HAMASHIACH RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS... ALELUIA!!!!!

"Vem, mostrar-te-ei a Noiva, a Esposa do Cordeiro; e me transportou, em espírito, até a ma grande e elevada montanha e me mostrou a Santa Cidade, Jerusalém, que descia do Céu, da parte de Deus, a qual tem a Glória de Deus. O Seu fulgor era semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina. Tinha grande e alta muralha, doze portas, e, juntos às portas, doze anjos, e, sobre elas, nomes inscritos, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. Três portas se achavam a leste, três, ao norte, três ao sul e três a oeste. A Muralha da Cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro." (Apocalipse: 21: 9 a 14)

Ruben, Shimeon, Levi, Iehuda, Issacar, Zevulon, Naftali, Gad, Asher, Dan, Yossef e Benyamim.

Pedro, André, Tiago, João, Felipe, Natanael, Mateus, Tomé, Tiago menor, Judas Tadeu, Simão, o Zelote e Matias.


Honra? é Dele e para Ele.



KI MITZION TETZEH TORAH
U´DEVAR ADONAI MIYERUSHALAIM!
(Porque de Sião virá a Lei e a
Palavra do Eterno de Jerusalém!)

LEIA TAMBÉM O COMENTÁRIO DA PARASHAT HASHAVUA (A Porção da semana): MIKETZ (CLICK AQUI)


Paulo de Tarso, Apóstolo
Igreja Apostólica Betlehem

sábado, 24 de dezembro de 2016

SEGUE-ME


SEGUE-ME

Marcos 2: 13 a 22 /  Lucas 5: 27 a 39 / Mateus 9: 9 a 17
Isaías 43: 1 a 28
Gênesis 37: 1 a 40: 23

Marcos 2: 13 e 14 - "De novo, saiu Jesus para junto do mar, e toda a multidão vinha ao seu encontro, e Ele os ensinava. Quando ia passando, viu a Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu." 

Aqueles dias em Kfar Nahum realmente foram marcantes. Yeshua tornou-se uma celebridade, já que tantos milagres começaram a se manifestar por sua Misericórdia e Amor. Aonde Ele ia uma multidão passou a acompanhá-lo, e "QUANDO IA PASSANDO"...
Esta frase pode parecer denotar um "acaso", mas, nunca há este tipo de coisa com Deus. O Todo Poderoso nunca chama ninguém "por acaso", como se escolhesse aleatoriamente alguém na multidão...
Este chamado é muito significativo! Embora saibamos que o Evangelho de Marcos foi o primeiro a ser escrito; nas Bíblias de todo o mundo, o Evangelho de Mateus Levi é o primeiro a aparecer no Novo Testamento. Este fato se deu por Mateus (MATAI ou MATITUAHU) ter escrito seu Evangelho em Hebraico. Durante muito tempo considerou-se este o primeiro Evangelho escrito e por isso aparece em nossas Bíblias em primeiro lugar. 
O Evangelho de Mateus foi escrito em hebraico em Jerusalém, para ser utilizado por judeus e não judeus crentes em Yeshua, e foi traduzido para o grego, embora esta obra não tenha sobrevivido. Uma cópia do original hebraico era mantido na Biblioteca Teológica de Cesaréia Marítima. A comunidade nazarena transcreveu uma cópia para Jerônimo, que a utilizou em sua obra "DE VIRIS ILLUSTRIBUS". O Evangelho de Matitiahu era então chamado de "Evangelho dos Hebreus".

É necessário voltar no Levita Moisés para se invocar o Chamado desta tribo. Moisés, assim como Levi, não foi chamado ao acaso. Ele era filho de Amram, filho de Coate, filho de Levi (e portanto um Levita), que dos filhos de Jacó, foi o mais longevo no Egito, depois de morte de José e todos os seus irmãos. Logo, o responsável por guardar toda a história e tradição que veio desde o Éden, até à mente do hebreu MOSHE RABEINU (Moisés, o nosso mestre), para escrever a Torah.
Esta característica de Levi foi impressa em seus descendentes:  o cuidado com tesouro que chegou até sua vida através de seu pai Iacov (Jacó), e que esteve outrora sob os cuidados de Itzhac (Isaque), Avraham (Abraão), Shem (Sem), Noach (Noé), Matushelach (Matusalém) e Adam (Adão).
Foi por esta razão, que todas as tribos se prostituíram-se com o detestável Bezerro de Ouro e a Tribo de Levi, guardou-se de pecar contra O Nosso Deus. Foi por esta posição firme que O Eterno tomou os Levitas para o lugar de todos os primogênitos de Israel.
Foi por este zêlo, que PINCHAS BEN ELEAZAR BEN AHARON (Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão), atravessou o homem que zombou de Deus e de Moisés, logo após a prostituição com as mulheres coabitas, sendo que a recompensa para ele foi a ALIANÇA PERPÉTUA DE PAZ e o SACERDÓCIO PERPÉTUO, reafirmado na vida de Tzadok (Zadoque), seu descendente, de Ezra (Esdras), e dos futuros sacerdotes que servirão ao Eterno nos dias do MASHIACH.

Foi através desta responsabilidade de guardar a Palavra e lega-la às futuras gerações que Ezra (Esdras), juntou todo o povo e leu toda a Torah diante dos que voltaram do Exílio para que houvesse restauração no meio do povo de Deus depois de tanta contaminação na Babilônia.
Mais do que tocarem e cantarem, do que serem porteiros e guardas da Casa de Deus, os Levitas, sempre tiveram esta como a sua maior responsabilidade: Conhecer, Guardar e Transmitir a Palavra de Deus para sua geração e para as futuras.
Até o contestado historiador Flávio Josefo (YOSSEF BEN MATITIAHU), era um levita descendente dos Hasmoneus, portanto um Levita. Se há registros históricos e compreensão do que se deu nos 400 anos em que não houve profetas em Israel e das Guerras contra Roma, época da destruição do Templo e início do Judaísmo Rabínico é porque um Levita, mantendo a tradição de sua Tribo cumpriu o seu papel e o seu chamado...
Voltamos a Mateus Levi...
Yeshua havia se tornado muito conhecido em toda a cidade de Kfar Nahum e então quando ele passou E VIU, E CHAMOU, Mateus, este simplesmente O SEGUIU.
Mateus era um cobrador de Impostos, devemos lembrar que Kfar Nahum, estava bem na divisa de dois reinos um pertencente a Herodes Felipe e outro a Herodes Antigas  e portanto ali havia como uma Alfândega, onde os mercadores que transitavam pelo Caminho do Mar (estrada que ia do Egito até a região da Pérsia - por onde se movimentavam exércitos e se fazia comércio), tinham de parar para pagar impostos.
Os cobradores de impostos eram muito mau vistos por todos, sempre acusados de corrupção, enriquecimento ilícito, e de explorarem o próprio povo para encher os cofres do dominador (Roma). Os cobradores de impostos eram chamados de PUBLICANOS e comumente eram associados na mesma categoria dos PECADORES (adúlteros, prostitutas, pessoas que não se importavam com a Lei, e que se assimilavam ao dominador Roma em sua maneira de vestir abandonando hábitos tradicionais).
Yeshua VIU MATEUS. O Mestre estava organizando o seu time, e precisava de um LEVI, consigo. Mateus em seu Evangelho prova por meio das Profecias cumpridas em Yeshua que Ele verdadeiramente era O MASHIACH GLORIOSO DE ISRAEL, e por isso, tantas vezes escreveu: "isso ocorreu para que se cumprisse as Escrituras".
Talvez Mateus que gozava de uma importante posição social em sua cidade, jamais imaginou um futuro diferente, ainda mais ser um dos Apóstolos do Cordeiro, tendo o seu nome eternizado nos Fundamentos da YERUSHALAIM HACHADASHÁ (Nova Jerusalém). Mateus depois dos primeiros dias da Igreja pregou por cerca de 15 anos as Boas Novas de Salvação na Judéia e então como todos fugiu de Jerusalém e de Israel indo ele para a Pérsia, Macedônia, terminou o seu chamado na Etiópia (lembremos dos Falachas - os judeus negros que estavam lá desde os dias de Salomão), tendo escrito e pregado para que os judeus reconhecessem Yeshua como Mashiach, Mateus vai se encontrar com o Seu SENHOR.
Um Banquete
Mateus abandonou tudo para seguir Yeshua. Na mesma noite de seu  chamado, recebeu O Mestre em sua casa, recebendo juntamente muitas pessoas para jantar. Não sabemos que dia da semana se deu este jantar. Parece difícil ser num Shabat, o que justificaria tanta gente, mas, como falaremos abaixo esta era uma época de Jejum, e portanto não poderia ser um Shabat, o que é certo é que muitíssima gente estava ali, convidada por Mateus. Pessoas com as quais ele trabalhou durante muito tempo, e por isso estavam ali Publicanos (outros cobradores de impostos), e pessoas dos mais variados tipos da talvez nata da sociedade de Kafar Nahum. Também estavam os religiosos. É incrível pessoas convidadas para o jantar, compareçam apenas para falar mal e reparar nisso ou naquilo de seus anfitriões, mas, este tipo de coisa, parece que sempre existiu!
O mais incrível é que os fariseus, que estavam ali, falavam alto, criticando Yeshua por comer com eles... O Mestre demonstra então sua Missão: "Salvar os pecadores!" Os sãos (saudáveis), não precisam de médico, mas, sim os doentes. Yeshua, que começava a manifestar uma das principais características de seu ministério - FALAR POR PARÁBOLAS, deixa claro que aquelas pessoas estavam ali para criticar e não para serem abençoadas, tendo sido convidadas para um banquete tão especial, não estavam gozando da bênção da Presença do MASHIACH, e por isso, não experimentariam dos benefícios que Ele tinha para lhes dar... Que pena haver pessoas tão perto e tão longe ao mesmo tempo...
Os discípulos de João e os fariseus juntos...
Se já não bastasse os fariseus ali naquele jantar, estavam também discípulos de João, que tinha sido preso por Herodes. Yeshua havia chamado André, que era um deles, mas, nos parece que outros que estavam ali, passaram a criticar a Yeshua e certamente a seu antigo companheiro de discipulado, bem como os outros discípulos do Nazareno, por causa do JEJUM.

Os judeus jejuavam algumas vezes no Ano. O Jejum do Yom Kipur, estabelecido na Torah; O Jejum de Ester, estabelecido por Mordecai como parte das celebrações do Purim; O Jejum de 9 de Av, data da destruição do Templo, época que o povo murmurou contra Deus no deserto, levando-os a peregrinar 40 anos... Além disso, os fariseus tinham o hábito de jejuarem uma vez por semana, geralmente às 5ªs feiras, véspera do Shabat, também como uma tradição religiosa... E é provável, que o dia que ocorreu este jantar na casa de Mateus, fosse uma destas datas, em que os judeus jejuavam. 

Certamente não era um Yom Kipur, quando Deus, ordena que todos deveriam AFLIGIR AS SUAS ALMAS, ou talvez não tenha sido o Jejum de Ester, que embora fosse também uma Tradição, e não uma Lei (TORAH), mas, o que sabemos é que era um dia em que os discípulos de YOHANAM e também os fariseus estavam jejuando. Agora imaginem a cena: Alguns vão num Jantar e não comem, para dizer que estão de Jejum. Porque foram? Para aprender mais de Yeshua? Ah me poupe! Eles só o criticaram...

O quadro do embate está pintado: Yeshua na casa do publicano (para os judeus, um PECADOR), num dia em que todos jejuavam, comendo com amigos de Mateus, também mal vistos pela sociedade...

Outrora YOSSEF (José), figura de Yeshua na Casa de Yacov (Jacó), não compreendido por seus irmãos, foi duramente criticado e perseguido, até o ponto dele ser vendido a mercadores. Yeshua, não compreendido pelas pessoas que o assistiam começa a ser criticado e confrontado, pelo espírito da Religião que está agindo nas pessoas. 

Yeshua diferente de Yossef (que contava à pleno pulmões, seus sonhos), ordenava que os demônios que lhe reconheciam a autoridade, calados saíssem. Ele dizia às pessoas curadas que não contassem quem lhes havia feito tamanho bem. Infelizmente isso não foi suficiente para que o ódio contra a Manifestação do Poder de Deus, fosse amplamente 

A religião grita de dentro da gente, porque nós mesmos sabemos que fazemos muitas coisas erradas, mas, lutamos para manter um padrão de comportamento, principalmente público, que demonstre que nós somos fiéis a Deus, e fazemos coisas para provar isso. 

Quando alguém não cumpre os mesmos protocolos da religião, nós nos esquecemos das coisas ruins que fazemos, e supervalorizamos as coisas boas como uma bandeira do nosso temor a Deus... Muitas coisas no entanto que usamos, para esconder nossa miséria humana, por conta do pecado, sequer é a Vontade de Deus. Não que as tradições sejam ruins, pelo contrário, imaginem, pessoas, que jejuam constantemente, buscando a Deus, se isso é algo ruim? É claro que não! Agora, quando alguém faz algo, que Deus não pediu, e quer obrigar outros a fazer tais coisas, como se fosse um padrão de espiritualidade, ou uma regra para se denotar um bom servo de Deus.... Ah não! Isso é PECADO, E PURA RELIGIÃO... 

O JANTAR ESTÁ SERVIDO! A comida de Yeshua é fazer a Vontade do Pai, que está nos Céus...

Questionado pelos discípulos de Yohanam e pelos fariseus ali presentes Yeshua não se digna a falar com eles claramente. Nós temos aprendido isso. Ele só falava a eles por parábolas. O Mestre diz que enquanto está presente o Noivo, não podem jejuar os convidados; não é lógico que façam isso, não é certo que façam isso! 

Certo era que aqueles homens que se reuniram na Casa de Mateus, porque Yeshua estava ali, eram pecadores mesmo. Não porque não cumpriam as tradições religiosas dos fariseus, e dos discípulos de João, mas, porque muitos deviam roubar mesmo; adulterar, mentir, enganar, e coisas assim, porque TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS FORAM DA GLÓRIA DE DEUS, mas, Yeshua, mesmo comendo com eles, não agia como eles.

Yeshua naquela noite, não comeu ali carne de porco; não comeu sangue; não comeu camarões ou frutos do mar, nada que a TORAH proibisse. Ele, não pecou! Jamais pecou! Ele comeu com pessoas que eram de má reputação. 

O que acontece no entanto é que se alguém é visto com pessoas de má reputação, parece que todos possuem as mesmas práticas. E Yeshua nos mostra e ensina, que não precisa ser assim, pelo contrário. Jesus nos ensina a andar com todo tipo de pessoa, mas, manter um comportamento que possa ser uma nova referência para elas.

Que não façamos como os religiosos, que vão criticar as pessoas porque não agem como agimos, mas, que deixem as pessoas curiosas, porque temos certos comportamentos, porque falamos, agimos, lidamos com certas situações diferente do que as pessoas que não conhecem a Deus como conhecemos... Nós pecamos também, e em algumas áreas que acertamos, não podemos exigir que os outros façam como nós, podemos inspirá-las, para que elas mudem. Enquanto devemos buscar exemplos que nos inspirem a melhorar e crescer cada dia mais, (YESHUA é o nosso maior exemplo), devemos andar com as pessoas, e mostrar que existe uma maneira diferente de viver, de trabalhar, de conviver em família, de conviver com os amigos, de tratar de negócios, de se divertir, segundo o Temor do Senhor... 

Agora uma das parábolas mais conhecidas de Jesus: O Vinho novo e o Vinho Velho...

Qualquer pessoa que caminhou algum tempo em tradições religiosas e se adaptou bem a elas, fez de tais tradições uma maneira de viver. E como dissemos, há tradições que não são ruins, há boas tradições, como jejuar, por exemplo.  Alguém que se adapta a este tipo de regras, é muito confrontado quando percebe que tais regras, não são condições para a Salvação, e nem para o relacionamento com Deus. Pessoas assim são chocadas, porque pensam: Como aqueles que não praticam o que eu pratico, podem achar que possuem um relacionamento com Deus como eu, ou ainda melhor?

Falando assim, parece que nunca nos conseguimos enquadrar entre os religiosos... Pelo contrário conseguimos pensar em dezenas de pessoas que conhecemos e que as reputamos por religiosos... Mas, Jesus está falando com cada um de nós.

Frases do tipo: Ah no meu tempo é que os louvores era bonitos; antigamente a gente jejuava mais, orava mais; hoje em dia não tem mais aquele temor que tinha antigamente; Um certo tipo de vocabulário; um certo tipo de uniforme; um certo tipo de comportamento diante dos irmãos, diferente do que teríamos se não estivessem presentes. Um certo tipo hábito que temos e exigimos no convívio com os irmãos, mas, não praticamos no nosso dia a dia com nossa família e amigos... são mais do mesmo fermento, da mesma religião que fazia com que as pessoas não entendessem as parábolas de Jesus....

Todos nós precisamos de colírio para os nossos olhos. Todos nós precisamos do antídoto, contra este demônio da Religião. Todos nós precisamos do Espírito Santo escrevendo em nossos corações a TORAH de Deus, não para que mostremos para os outros, mas, para que vivamos para Deus.

Há algo novo que Deus, quer e vai derramar, mas, se não mudamos nossa maneira de ver, de entender, de viver, Deus não pode derramar... Pois se ele derramar este Novo, isso se perderá, mas, pior do que se perder o que Deus está para fazer... Nós nos perderemos, porque não aguentaremos este Novo de Deus. 

Vamos ficar como juízes de nossos irmãos, não aproveitando o que Deus está fazendo e não permitindo que ninguém ao nosso redor aproveite, porque vamos considerar, errado, pois em nossa tradição e religião, aquilo que estamos vendo não é como o que já vivemos no passado.... Se desperdiça o Novo de Deus, e vidas são destruídas...

Num pano velho não se põe um remendo de pano novo. Porque a costura vai ceder e vai se perder o remendo novo e não vai solucionar o problema do velho... Não se põe vinho novo em odres velhos, se não se perde o vinho e se arrebenta os odres...

Vejam que coisa nova Deus está fazendo?!
Orem, se esforcem, rejeitem a Religião, as práticas (até boas), foram importante no passado, foram passos importantes que demos em nosso crescimento espiritual, (nunca esteve em jogo o fato de tais coisas terem sido importante). São como cadernos de escola, que alguém guarda desde o primário.... Foram importantes, mas, hoje não são mais necessários. Ninguém vai olhá-los para aprender algo... Não podemos obrigar que os outros aprendam com os mesmos métodos, como quem diz: “Não há outra maneira de aprender!”

Deseje O Vinho Novo! Permita uma mudança no teu interior!
Não é necessário que alguém morra pra você seja mais flexível!
Não faça porque está escrito; Não faça por que os outros fazem; Não faça porque você sempre fez...
FAÇA POR AMOR; FAÇA PORQUE YESHUA FEZ; FAÇA PORQUE HÁ UMA CONVICÇÃO DENTRE DE VOCÊ QUE É O QUE JESUS FARIA...

SE VOCÊ FOI CONVIDADO PARA UM JANTAR E YESHUA VAI ESTAR LÁ... 

NÃO FALE! OUÇA! 
NÃO CRITIQUE! AME!

NÃO PERCA! GANHE!


KI MITZION TETZEH TORAH
U´DEVAR ADONAI MIYERUSHALAIM!
(Porque de Sião virá a Lei e a
Palavra do Eterno de Jerusalém!)

LEIA TAMBÉM O COMENTÁRIO DA PARASHAT HASHAVUA (A Porção da semana): VAIESHEV (CLICK AQUI)


Paulo de Tarso, Apóstolo
Igreja Apostólica Betlehem